quarta-feira, setembro 19, 2007

OUVIR A MINISTRA DA CULTURA

O PSD solicitou a audição da ministra da Cultura na comissão parlamentar da Educação e Cultura, que agora foi adiada por uma semana.
Na base deste requerimento está a não recondução de Dalila Rodrigues à frente do Museu Nacional de Arte Antiga, e a sua consequente substituição por Paulo Henriques. O motivo invocado parece-nos mais sonante do que substantivo, embora entronque num assunto fulcral, que se prende com a gestão dos serviços dependentes dos dois institutos responsáveis pelo nosso património móvel e imóvel.
No que toca à gestão de pessoal continua a verificar-se a falta de pessoal para garantir a normal abertura de museus, palácios e monumentos, que está a ser em parte feita à custa de pessoal contratado, que só está garantido até ao final de Setembro. É um problema de grave sem solução à vista, com a continuidade desejável e indispensável à melhoria do serviço prestado.
A gestão financeira dos serviços, apesar da autonomia anunciada quanto aos apoios mecenáticos e receitas provenientes de cedências de espaços, é uma miragem que não convence realmente ninguém, embora alguns acenem que sim para garantir um lugar, já que as dotações destinadas no orçamento para os serviços, serão sempre geridas pela tutela, ou seja pelos institutos de quem directamente dependem.
Note-se que falei apenas na gestão corrente, ligada ao funcionamento destes serviços, deixando por abordar as preocupações com a manutenção dos edifícios e das colecções, restauros e obras de maior envergadura como arranjos em coberturas, limpezas de fachadas de pedra ou pinturas interiores e exteriores, requalificação de espaços, jardins, matas e outras áreas circundantes, etc.
Será que a comissão parlamentar está devidamente documentada para questionar a ministra sobre isto, ou se vai deter só sobre Dalila Rodrigues, ignorando aquilo porque ela se bateu, que foi precisamente pelo tipo de gestão adoptado que gera todas estas preocupações e outras que não foram aqui sequer afloradas.

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Patrick Chappatte

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10 comentários:

  1. Não segui as razões pela qual a Dalila não foi reconduzida porque nesse periodo estava fora de Portugal. Sei que ela tinha uma seria de anticorpos que queriam tomar de assalto o lugar que ela ocupava. Enviaram-me mails colectivos a dizer muito mal dela. eu proprio recebi vários.É uma vergonha os recibo verdes e grande maioria dos museus não ter pessoal...

    Um abraço
    António Delgado

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  2. Dalila Rodriguesdiscordou do tipo de gestão praticado, e é sobre isso que me debruço. Este tipo de gestão é conveniente para quem pretende ter sempre à mão um alibi para nada fazer, e falo naturalmente de alguns directores, os mesmos que afirmaram em abaixo assinado ser do seu agrado o status quo vigente. À pergunta legítima, porque é que não fazem mais e melhor pelos museus que dirigem, aí respondem que não têm meios para isso. Pescadinha de rabo na boca, como se entende perfeitamente.
    De resto não conheço a senhora nem o seu relacionamento com os colegas de profissão ou com os seus colaboradores.
    Cumps

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  3. Era vê-los todos sorridentes na segunda-feira na reunião com o "senhor director". Bajulação com fartura à entrada e à saída, a ver quem lambia melhor as botas, para garantirem a 1ª fila na grelha de partida para os "concursos públicos" que aí vêm. Problemas nos museus? Naaaa, tá tudo sob controlo. Eu vi-os e até vi alguns abraços entre pessoas que se destestam, sempre com um sorriso cínico e traiçoieiro.
    Assim se encontraram os senhores, por acaso a maioria são senhoras, directores de museus com os patrões.
    Fui

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  4. Parece-me que a chamada da ministra é mais para se fazer politica e não para se realmente saber o que interessa.

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  5. Aposto que vão querer centrar-se apenas e só na Dra. Dalila Rodrigues.
    Aliás, da maneira que o PSD põe as coisas, daqui a mais só tem como remédio (quando vier a ser Governo) nomear a Dra. Dalila Rodrigues ministra da Cultura.
    Não posso ainda deixar de frisar e salientar o comentário efectuado pelo Joca (seja lá quem for)... muito particularmente pela desnecessidade de frisar a maioria feminina. É que eu também sei de muita sacanice entre homens!

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  6. Acho que concordo com o comentário
    "Parece-me que a chamada da ministra é mais para se fazer politica e não para se realmente saber o que interessa.", porque não vi referências expressas a mais nada. Pobre Cultura que agora se vê envolvida em manobras politiqueiras.
    Abraço do Zé

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  7. ...o costume...o que mais interessa (como bem dizes) não vai ser tratado no PArlamento. São tds uns hipócritas!


    Adorei o cartoon do padre no Google ;-)

    Cump's

    Sulista

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  8. Isabel Pires de Lima não me diz nada como Ministra da Cultura. Pior do que controversa: não a acho nada. Não devia simplesmente ser Ministra da Cultura. Dalila Rodrigues é uma mulher competente e trabalhadora com obra feita. Se há jogos de poder e politiquices que se sobrepõem as estas duas realidades, enfim é a tristeza do País que temos. Não conta a competência mas a cor. Se Dalila Rodrigues fosse do PS era considerada a maior. Do PSD é demitida e se fosse do PCP era corrida a pontapé.

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  9. tenho dúvidas que eles conheçam o processo em pormenor...

    apesar disso será melhor espera para ver no que vai dar...

    cp's

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  10. Prefiro comentar um cartoon.
    - Googolando descobre-se tudo

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