sábado, março 17, 2007

CRÍTICA SEM FUNDAMENTO

Já aqui abordei o dilema dos museus, fechados por falta de vigilantes ou abertos sem condições de segurança. Como profissional do turismo conheço muito bem a situação, não só dos museus como também dos palácios e monumentos mais visitados de todo o país, e sei bem o que se passa e porque é que se chegou a este estado das coisas.
Foi com alguma surpresa que vi n na revista Actual do Expresso, na coluna “A semana correu mal ª...” o nome do director do IPM, Manuel Bairrão Oleiro. Segundo o redactor da coluna Manuel B. Oleiro só terá começado a contratar vigilantes devido à pressão resultante de diversas reportagens sobre o assunto e por isso a semana ter-lhe-ia corrido mal. Lamento que uma revista séria dum semanário de referência aborde com esta ligeireza o assunto e conclua, no caso vertente semelhante disparate.
O IPM e o IPPAR são, por enquanto, institutos sob a tutela do Ministério da Cultura e, decisões sobre admissões dependem directamente do ministério e têm de obter a concordância do Ministério das Finanças. Portanto, há muito desconhecimento e pouca informação para sustentar a conclusão.
Em abono da verdade, e esta é a opinião generalizada dos actores desta saga (os vigilantes), foi precisamente a direcção do IPM e alguns directores de museus que, por estarem perante um impasse quanto a novas admissões, e por reconhecerem que a situação era insustentável fizeram a única coisa que estava ao seu alcance (todos os outros argumentos tinham falhado), que foi denunciar publicamente este problema.
Porque a informação ficaría ainda assim incompleta, acrescento que no IPPAR e nos palácios e monumentos sob sua jurisdição, o problema atinge a mesma dimensão e devido ao silêncio (irresponsável, digo eu) dos seus dirigentes, demorará muito mais tempo a ser resolvido e os trabalhadores já estão a pagar a sua factura, muito injustamente.
A coragem nem sempre é reconhecida e a cobardia sai incólume.
A SEMANA CORREU MAL À REVISTA ACTUAL.

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Pintura

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Cartoon

Foto oficial

Resultados do facilitismo

3 comentários:

  1. Será que o jornalista não quis atingir a ministra da Cultura e o das Finanças? Afinal é deles que depende o descongelamento de vagas para admissão, ou pura e simplesmente desconhece as regras? Será que sabe que o assunto ainda não está resolvido nos palácios e monumentos?
    É um dos muitos casos, infelizmente, de mau jornalismo.

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  2. Actualidade, notías sobre cultura e boas imagens. Vale a pena ver.

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  3. Então a actual não está actualizada nas notícias? Devem ir a muitas inaugurações bem que podiam ter uma converseta com a senhora ministra que "adora" festanças.

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