quinta-feira, março 29, 2007

A CAMINHO DE FRANÇA

Faz frio, mas o tempo não está mau de todo. Depois de Andorra falta percorrer um ror de quilómetros com uma para gem para descanso num abrigo de montanha, com rede como vêem.



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Tiburcio

quarta-feira, março 28, 2007

POR AQUELES LADOS

Ontem o tempo até esteve bom, mas hoje já não foi bem assim. Viva o descanso.


Sevilha
Córdova

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Até quando chove - Muammer Olcay - Turkey

segunda-feira, março 26, 2007

VOU DE FÉRIAS PESSOAL

Porque a arte não tem que ser sempre aborrecida, enquanto eu tiro umas merecidas férias deixo-vos umas imagens divertidas da Gioconda que alguém colocou na rede. Prometo voltar sempre que possível se tiver rede ou se tiver um sítio de onde possa fazer o gosto ao dedo.




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Humor Internacional


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domingo, março 25, 2007

OS PRECARIADOS


O ano passado, um pouco por toda a Europa, assistiu-se a manifestações contra o novo flagelo que ataca o mundo do trabalho - a precariedade. Este fenómeno que visa apenas a exploração do trabalho e dos trabalhadores em prol do lucro cada vez maior dos empregadores, mina também a segurança social dos diversos países.

Esta realidade actual mina o estado social europeu e transforma os trabalhadores em coisas, descartando-os logo que envelhecem ou que possam ser substituidos por outros, que vendam o seu trabalho por uma quantia inferior.

O mundo do trabalho está a transformar-se numa selva, sem leis e sem qualquer segurança para a velhice, para onde todos caminhamos inexoravelmente.

Este ano vai haver maior contestação contra o trabalho sem direitos e sem segurança.


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sábado, março 24, 2007

A GESTÃO DO PATRIMÓNIO

Uma discussão de muitos anos e sem solução à vista é o modelo de gestão a adoptar para os diferentes tipos de museus, palácios e monumentos. Para quem conhece o meio esta questão é sensível e necessita de ser resolvida.
Alguns museus e monumentos nacionais reunem duas condições que apontam para outro tipo de gestão, referimo-me em concreto à sua importância histórica (ou arquitectónica) ou à relevância do seu espólio, em conjunto com a procura por parte do público pelas mais variadas razões. Sobre estes serviços é exercida uma grande pressão derivada da intensidade da procura, que tem de ter quase sempre uma resposta imediata sob pena decausar inconvenientes notados pelo público e que afectam a imagem do próprio país.
Eu sei que para a maioria dos cidadãos isto pode parecer um tanto alarmista, mas posso exemplificar alguns inconvenientes da situação actual. A verificar-se uma avaria nos autoclismos do público, é muitas vezes necessário esperar-se semanas para que seja autorizada a sua reparação, razão pela qual por vezes há encerramentos totais dos sanitários de alguns serviços. Se por acaso houver um simples curto-circuito por alguma razão, todo o sector afectado pode ficar desligado durante dias, enquanto não for autorizado o seu arranjo.
Tudo isto pode parecer caricato e absurdo, mas é uma realidade constante e que se tem vindo a agravar nos últimos tempos, por falta de alguma autonomia dos serviços que nem em casos desta natureza podem decidir com presteza. Podemos questionar graus de autonomia e capacidade de decisão em algumas áreas, o que não é suportável é a ausência total de autonomia e a necessidade constante de se ter de pedir, a expressão mais própria sería “quase implorar”, tudo e mais alguma coisa, até as condições mínimas para apenas manter os serviços abertos ao público.
O planeamento prévio deve estabelecer os objectivos proporcionar os meios adequados à responsabilização das chefias que terão assim que demonstrar as sua capacidades de gestão.

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Mikhail Pozdnyakov
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sexta-feira, março 23, 2007

PRIORIDADE À AVALIAÇÃO DAS CHEFIAS

Cravo e ferradura - Bandeira, DN
Veio agora a saber-se, que Teixeira dos Santos afirma que a “avaliação na administração pública incidirá prioritariamente nas chefias e na produtividade dos serviços e só depois nos funcionários de base”. O princípio está correcto mas suscita algumas questões pertinentes.
Quem avalia as chefias, os mesmos que as nomearam? Os objectivos definidos pela tutela serão proporcionais aos meios postos à disposição dos serviços?
Esta metodologia apresentada apresenta algumas virtudes, mas também pode ser desvirtuada como já ouvi contar num caso bem recente. Um chefe ao receber a sua avaliação deste ano, que era um Bom, discutiu com o avaliador sobre o (não) cumprimento total dos objectivos definidos. Às falhas em quantidade de serviço, argumentou com a conjuntura económica, já nas verbas arrecadadas que estavam conforme os objectivos realçou a sua boa gestão e para a qualidade em queda, lançou mão das fracas habilitações académicas e profissionais dos seus subordinados.
Não ficou por aqui este caso, pois como tarefas científicas ou de investigação, apresentou trabalhos e estudos que nunca apoiou, feitos e desenvolvidos por subordinados, uns que até já nem sequer lá trabalham, outros que sairão antes do Verão e outro que permanece mas com funções noutra área, tendo colaborado apenas por gosto pessoal.
Como se depreende por este caso, o que é bom trabalho desenvolvido pelo serviço é facilmente apropriado pelas chefias, já o que não corre de feição é devido à conjuntura e à fraca qualidade dos funcionários de base, que receberão portanto avaliações arrasadoras.
Sei que há bons chefes e que muitos aceitam as suas responsabilidades ou reconhecem as carências de meios que inviabilizam alguns resultados, mas restam sempre os outros. Por este motivo se pudesse propunha que antes de ser feita a avaliação dos funcionários de base, fosse conhecida a avaliação global do serviço para que estes tenham hipóteses de contestar eventuais avaliações que considerem injustas.
PS – Para que conste, o referido chefe conseguiu subir para Muito Bom a sua avaliação.

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Humor Internacional


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www.freephotobank.org/

quinta-feira, março 22, 2007

ENCONTRO DE PROFISSIONAIS DE MUSEUS

Realiza-se amanhã no Porto, precisamente no Museu Soares dos Reis, um encontro de profissionais de museus a propósito das V Jornadas da Comissão Portuguesa do Conselho Internacional de Museus. Neste encontro vão ser debatidos entre outros, dois temas actuais, “ O exercício das tutelas” e “O grau de autonomia técnica e financeira das direcções dos museus”.
A iniciativa foi pouco divulgada e quase todos os profissionais de museus que contactei na tarde de ontem e já hoje de manhã desconheciam este encontro. Das 14 pessoas que contactei telefonicamente e por correio electrónico apenas uma estava ao corrente da iniciativa e não ía participar por ter outros compromissos agendados.
O ICOM é uma entidade respeitável mas de acesso restrito em que os membros são propostos por outros e onde não está inscrito, tanto quanto sei nenhum vigilante de museus a trabalhar em Portugal. Este foi o argumento mais forte que me foi fornecido pela única pessoa conhecedora deste encontro quando questionada sobre a razão de nenhum dos outros contactados, vigilantes pois são os que encontro e com quem falo quando visito museus e monumentos pelo país fora, sabia do evento.
Espero que desta reunião e da discussão destes temas surja alguma comunicação pública, informando-nos sobre conclusões ou decisões, já que os museus não podem nem devem viver fechados sobre si próprios mas devem comunicar com o exterior, dando a conhecer aos profissionais do turismo e aos outros agentes culturais o que pensam e o que preconizam as elites sobre os problemas e as soluções para melhor fruição destes espaços nos quais os senhores (as) desempenham funções de relevo.
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O mundo em maus lençóis

quarta-feira, março 21, 2007

NOTÍCIAS EM REVISTA

Fedor - A poluição na Ribeira dos Milagres já é um hábito e pouco tem de notícia. Estes atentados à saúde pública e a poluição evidente dos solos e cursos de água continuam impunes apesar da frequência com que ocorrem. Os planos estratégicos nacionais para o Tratamento de Efluentes Agro-pecuários e Agro-industriais são uma beleza no papel, todavia contrastam com o fedor que exala da Ribeira dos Milagres sempre que há “acidentes” cuja origem nunca é determinada e dos quais nunca há culpados.
Este assunto cheira cada vez mais, MAL.

Manter os horários – O secretário da Administração Pública garante que os horários de trabalho dos funcionários públicos vão manter-se inalterados, porque o governo não quer criar instabilidade no sector. A instabilidade já existe senhor João Figueiredo, ou será que também desistiu da criação de supranumerários, da alteração dos vínculos e das carreiras que propôs? Já agora verifique lá quando é que é negociado e vertido em documento legal o horário dos vigilantes-recepcionistas que continuam a não ter horários de trabalho legais. É que é só para não criar instabilidade no sector da Cultura!

O senhor ministro irrita-me – Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, tem o condão de me irritar sempre que fala na idade da reforma. Nunca ouvi este senhor, que também é ministro da Solidariedade Social, defender quem tem carreiras contributivas longas e começou a trabalhar muito cedo como eu. Comecei a trabalhar e a descontar aos 14 anos e este senhor defende que eu trabalhe até aos 65 anos, pelo menos, o que vai totalizar, se eu não bater as botas antes, 51 anos de trabalho e de descontos. Será que não é solidariedade a mais?
O problema não é adquirir o direito à reforma mais cedo, que é um erro senhor ministro, o erro é reformar cedo quem tem uma carreira contributiva muito curta, salvo por doença incapacitante, mas nessas condições só há “amigos e colegas”, não é senhor ministro?
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THE BRITISH MUSEUM



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Foto de artista

terça-feira, março 20, 2007

OS DEUSES ESTÃO LOUCOS

Li hoje na imprensa que as Escolas secundárias vão alugar espaços para casamentos e baptizados”, tal e qual. Já nada me consegue admirar, pois até já vi um porco a andar de bicicleta, o que sim é extraordinário.
Há alguns anos atrás houve um responsável pela Cultura, deste jardim à beira mar plantado, que também teve uma ideia do mesmo tipo, prevendo as cedências de espaços nos museus, palácios e monumentos para angariar verbas, começando desde logo por se esquecer que era preciso pagar a quem controlava essas actividades, vigiando o cumprimento das regras impostas e depois da “festa” a quem tinha que limpar os espaços utilizados para continuação do normal funcionamento dos serviços. Supunha tal iluminado e os contratantes também, que quando alugava o espaço estava também incluído o pessoal. Não quero descrever as actividades que se permitiram nestes espaços nem sequer alguns comportamentos indevidos durante estes eventos, dava pano para mangas.
Agora o fenómeno alastra até às escolas, onde suponho que só se vão realizar casamentos e baptizados para abstémios, os pavilhões vão ter à entrada um espaço para serem depositados os sapatos (como nas mesquitas) e onde os seguranças vão impedir a presença de fumadores. Tudo isto são exigências razoáveis, embora duvide que sejam exequíveis.
Mas nas escolas há mais, como a exploração de reprografias e papelarias e serviços de restauração, que são exemplos de “unidades de negócio” (?), só fica por perceber se para lucrar com os alunos, ou se será tipo “Bar aberto”, ou seja aberto à comunidade.
Houve o cuidado de esclarecer que não se trata de “mini centros comerciais”, o que diga-se, não me sossegou nem um pouco.
Haja juízo, meninos!

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Postal

Humor Internacional

Humor Nacional

segunda-feira, março 19, 2007

A SAÚDE, O TRABALHO E A GANÂNCIA

É muito frequente ouvirmos falar da necessidade de aumentar a produtividade, da mudança das relações laborais, da exigência de resultados, da flexibilidade e polivalência dos trabalhadores. No fundo, e por outras palavras é a apologia do lucro rápido para as empresas obtido com o menor custo possível.
Sei que posso ser considerado cínico ou esquerdista dos sete costados, o que não me incomoda minimamente já que os factos parecem dar-me razão.
É consensual que temos de trabalhar e que temos que desempenhar bem as nossas tarefas, mas o processo laboral não se resume apenas neste princípio básico de profissionalismo. A montante, e absolutamente indispensáveis temos as condições de trabalho que têm um papel preponderante na qualidade e quantidade do trabalho produzido.
Há muito que se discute a higiene e segurança no trabalho, mas outros aspectos relacionados com as condições de trabalho têm ficado apenas por relatórios extensos que os governos têm evitado discutir. A saúde é um dos factores até aqui negligenciado.
O stress continuado resulta a médio prazo na perda de produtividade, de dias de trabalho e potencia o risco de acidentes e doenças profissionais. A falta de meios e a deficiente organização do trabalho resultam em desperdício, baixa de produtividade, desmotivação e tensão desnecessária com as hierarquias. O trabalho precário é desmotivador, atrai o risco de acidentes e tem um grau de produtividade menor pela falta de incentivo.A aposta destes últimos anos tem sido errada, apesar de tudo isto ser conhecido e estar à disposição de todos, em relatórios da Comissão Europeia. Algumas das grandes empresas já abandonaram estes métodos e, não é por acaso, que são hoje das mais desejadas e das que obtêm um grau maior de retorno do investimento que fazem em boas condições de trabalho para os seus colaboradores.

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O passado e o presente
Cortesia do Palaciano

Cortesia do Palaciano


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Armas desiguais

domingo, março 18, 2007

DE NOVO, O ATENDIMENTO

Ontem fui a uma grande superfície, à noite para comprar uns componentes para o meu computador e saber os preços duns portáteis. Sabia o que queria, uma motherboard, e as suas características pois tenho um CPU ainda bastante actual.
Estava eu junto às prateleiras onde se encontravam as placas e vendo um funcionário solicitei-lhe ajuda na escolha porque encontrei duas com as mesmas características, de marcas diferentes (Assus e MSI) mas com preços muito diferentes. Não sabia muito disso, afirmou, mas disse-me para me dirigir a um balcão ali perto. Lá fui eu, esperei uns dez minutos que chegasse alguém e mais uns cinco para que atendesse um cliente que o acompanhava e pedi-lhe a ajuda na escolha. Perguntou-me qual o processador que eu tinha e, sem se dirigir sequer à zona das placas para ver as que eu tinha nomeado, indicou-me uma outra como a mais fiável e em bom preço para o que eu queria.
Algo intrigado mas com alguma esperança lá me dirigi às prateleira e descubro a tal placa “fiável e em bom preço”, retirei-a da prateleira e fui ler as suas especificações. Surpresa, para um CPU da AMD tinham-me aconselhado uma motherboard para Pentium 4 e com AGP quando tinha dito que a minha gráfica era PCI.
Voltei, ao balcão com a placa na mão na esperança de ver o funcionário, que mais uma vez lá não estava. Esperei uns bons 15 minutos e lá apareceu um outro, a quem descrevi, mais uma vez, a minha dúvida sem referir qual o conselho que me fora dado anteriormente, a resposta não demorou e lá me foi aconselhada a placa que eu, ainda tinha na mão.
Eu estava nos meus dias bons, porque agradeci e voltei à prateleira onde depositei a placa preferida pelos funcionários da loja e saí dali sem sequer passar pelos portáteis que queria apreçar.
Cada vez gosto mais da “minha” loja de informática, que apesar de não estar aberta à noite, como me faria imenso jeito, tem atendimento personalizado e competente.
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Fotos Natureza


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Cartoon

Estou a cuidar do meu futuro, pá!

sábado, março 17, 2007

CRÍTICA SEM FUNDAMENTO

Já aqui abordei o dilema dos museus, fechados por falta de vigilantes ou abertos sem condições de segurança. Como profissional do turismo conheço muito bem a situação, não só dos museus como também dos palácios e monumentos mais visitados de todo o país, e sei bem o que se passa e porque é que se chegou a este estado das coisas.
Foi com alguma surpresa que vi n na revista Actual do Expresso, na coluna “A semana correu mal ª...” o nome do director do IPM, Manuel Bairrão Oleiro. Segundo o redactor da coluna Manuel B. Oleiro só terá começado a contratar vigilantes devido à pressão resultante de diversas reportagens sobre o assunto e por isso a semana ter-lhe-ia corrido mal. Lamento que uma revista séria dum semanário de referência aborde com esta ligeireza o assunto e conclua, no caso vertente semelhante disparate.
O IPM e o IPPAR são, por enquanto, institutos sob a tutela do Ministério da Cultura e, decisões sobre admissões dependem directamente do ministério e têm de obter a concordância do Ministério das Finanças. Portanto, há muito desconhecimento e pouca informação para sustentar a conclusão.
Em abono da verdade, e esta é a opinião generalizada dos actores desta saga (os vigilantes), foi precisamente a direcção do IPM e alguns directores de museus que, por estarem perante um impasse quanto a novas admissões, e por reconhecerem que a situação era insustentável fizeram a única coisa que estava ao seu alcance (todos os outros argumentos tinham falhado), que foi denunciar publicamente este problema.
Porque a informação ficaría ainda assim incompleta, acrescento que no IPPAR e nos palácios e monumentos sob sua jurisdição, o problema atinge a mesma dimensão e devido ao silêncio (irresponsável, digo eu) dos seus dirigentes, demorará muito mais tempo a ser resolvido e os trabalhadores já estão a pagar a sua factura, muito injustamente.
A coragem nem sempre é reconhecida e a cobardia sai incólume.
A SEMANA CORREU MAL À REVISTA ACTUAL.

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Pintura

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Cartoon

Foto oficial

Resultados do facilitismo

sexta-feira, março 16, 2007

BRINCANDO COM NÚMEROS E PESSOAS

Já comentei a minha desconfiança em estatísticas isoladas do contexto de análise, e cada dia que passa estou mais céptico. Hoje ouvi falar de números do desemprego e da sua diminuição, pelo menos no que concerne a subsídios pagos.
O factor que mais pesa no fraco desenvolvimento da economia é, na minha modesta opinião, o desemprego. Quem lê jornais, ouve a rádio ou vê a televisão ouve com demasiada frequência, notícias sobre encerramentos de empresas, grandes e com muitos funcionários porque essas são notícia, e não consta que este fenómeno tenha diminuído, bem pelo contrário. Passando à porta dos Centros de Emprego pela manhã todos podem ver bichas à porta e, ou apesar disso, um governante vem dizer que o número de desempregados diminuiu ligeiramente.
Esta notícia, sobre a diminuição ligeira do número de desempregados, vem a lume logo a seguir a uma outra sobre portugueses libertados da condição de escravatura, em Espanha. Não é a primeira notícia deste género, tanto em Espanha como em Inglaterra ou noutros países.
Não sei se uma notícia desencadeou a outra, mas o que sei é que este pequeno fogo de artifício, da diminuição do número de subsídios de desemprego, não esconde a realidade do país, que obriga muitos portugueses a partirem para o estrangeiro na esperança de fazerem uma vida digna e com melhores recursos, porque por cá não lhes é proporcionada nenhuma oportunidade de emprego aceitável. Se vão iludidos, ou se são ingénuos e propensos a ser enganados é uma outra questão, que apenas demonstra que há muito desespero à mistura.
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Foto Kamasutra

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Cartoon Internacional

quinta-feira, março 15, 2007

RECLAMAMOS ÀS VEZES SEM RAZÃO

É frequente ouvirmos queixas dos serviços públicos e ataques cerrados aos funcionários que prestam serviços de atendimento directo ao público. Em geral as pessoas queixam-se de morosidade, excesso de burocracia e falta de boa vontade.
Nos tempos que correm grande parte dos serviços ditos públicos, são na realidade prestados por grandes empresas, cotadas em banca e maioritariamente de capitais privados. Por exemplo os transportes públicos, a EDP, a PT e outras, prestam serviço público mas já pouco ou nada têm a ver com o funcionalismo público.
O atendimento ao público é uma tarefa mais complexa do que muitos pensam, geralmente mal remunerada, e que obriga o funcionário a defender a imagem do serviço ao mesmo tempo que serve um cliente/utente. Com muita frequência o interesse do cliente/utente é incompatível com as regras impostas pelos serviços e a insatisfação é quase inevitável, conduzindo frequentes vezes a discussões e queixas que complicam ainda mais a vida de quem atende, pois há chefias que nem permitem a sua defesa pois partem do princípio, quantas vezes errado, de que o cliente/utente tem sempre razão.
O stress dos nossos tempos, e alguma falta de civismo à mistura, é responsável por grande parte destes conflitos e das reclamações ou desabafos que todos temos. O que é perigoso e injusto é atirarmos sempre a culpa para os outros especialmente quando sabemos que estão numa posição onde não podem, nem devem, responder na mesma moeda.

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Humor Internacional

quarta-feira, março 14, 2007

E ENTÃO OS PALÁCIOS E MONUMENTOS?

Li hoje que o problema da falta de vigilantes dos museus está resolvido, ou em vias disso, ainda bem. Procurei com toda a atenção vislumbrar algo que fizesse luz sobre uma solução para os palácios e monumentos e nada.
Pelo silêncio, inexplicável diga-se de passagem, sobre o problema dos serviços dependentes do IPPAR – Palácios e Monumentos – até pode ficar a ideia de que não têm falta de vigilantes, o que não corresponde à verdade, pois a penúria é da mesma dimensão da que se verifica nos Museus do IPM, com uma agravante de peso que é a de terem muito mais visitantes.
Não conheço o comunicado do Ministério da Cultura de segunda-feira, mas nas notícias não vejo qualquer alusão ao IPPAR e aos seus serviços dependentes. Não ficaria grandemente surpreendido se este instituto e os seus serviços ficassem ignorados e não contemplados com a mesma solução, precisamente porque nunca foi público que a falta de vigilantes também aí se verificava. O silêncio nesta matéria pode ter sido prejudicial se a medida agora tomada não abranger os Palácios e Monumentos.
Recordo que logo no começo de Abril temos a Páscoa e sem um reforço efectivo de pessoal não estão reunidas as condições mínimas de segurança para a abertura de alguns serviços. Aos trabalhadores vai ser sugerido que peçam aos seus superiores que se responsabilizem pelas condições em que decidirem abrir alguns serviços nesta ocasião, se não estiver garantida a presença de vigilantes em número razoável para o funcionamento.

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Manipulação da imagem


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Jogo de tabuleiro?