terça-feira, setembro 13, 2005

AGORA PERCEBEMOS

Há poucos dias o presidente da AEP afirmava que os funcionários públicos deviam prestar trabalho extraordinário “de borla” e também acrescentou que os mesmos andavam a brincar com o dinheiro dos contribuintes portugueses.
Prezamos muito a liberdade de expressão, o que também permite que pessoas como o senhor Ludgero Marques possam proferir dislates daquela natureza. Independentemente de poderem ser consideradas ofensivas as suas declarações, revelam a sua ignorância sobre a lei e sobre o sector, além de dias depois ter deixado caír o véu sobre uma outra situação muito interessante.
Nos últimos dias esteve em Portugal um príncipe saudita que veio expressamente desenvolver o intercâmbio cultural entre os dois países, e aproveitou a ocasião para promover uma exposição de pinturas da sua autoria num palácio de Sintra. Não saberá o presidente da AEP que durante a estadia do príncipe, houve funcionários públicos e outros agentes, que efectuaram trabalho extraordinário para o Estado português sem receberem um único euro, situação que até nem é “virgem”, mesmo sabendo à partida que assim seria por falta de verbas da tutela envolvida. O desafio que fazemos depois de ler-mos a comunicação social de 13/9 é para que o senhor Ludgero Marques venha agora afirmar que a sua disposição em participar na missão empresarial que vai visitar a Arábia Saudita também será paga do seu bolso, não representando qualquer encargo para o Estado, demonstrando deste modo que não anda a brincar (passear) com o dinheiro dos contribuintes.Pregar a moral obriga os honestos à sua prática

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